quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Dona Perfeitinha - nem vem que não tem!

Taí uma coisa que eu nunca fui: a Dona Perfeitinha.
Quem bateu à minha porta procurando pela Perfeitinha sempre se ferrou.
Nunca tive a menor vocação para ser a boazinha, a certinha. Nunca prestei atenção nas etiquetas sociais, muitas vezes deixo a educação esquecida em algum canto. Mas o que me encanta é defenestrar tudo que é monótono, repetitivo, sem surpresas. Defenestrar, ah! Como eu adoro o termo "defenestrar" - significa atirar pela janela, para mim é como dizer "jogar fora de uma vez e depressa - com displicência".

Nunca morou ninguém na casa da Dona Perfeitinha, aqui era só um tipo de guarda-roupa...

A lua tem quatro faces - eu tenho só três, e não se alternam religiosamente como as lunares.

Tem a face "Dona Onça Pintada" - Solitária, raramente ataca humanos. Na corrida não é tão veloz como outros felinos, mas é muito forte: tem a mordida mais forte entre todos os felinos do mundo e é o único capaz de perfurar o casco de uma tartaruga.

Tem a face "Dona Águia" - Tem um topete que "valha-me Deus", solitária, pois voa alto (as galinhas e os patos, por exemplo, costumam ter muito mais amigos), enxerga longe e  é uma predadora tremendamente eficaz, com garras mais compridas que as de um urso-cinzento.  Consegue levantar um carneiro ou esmigalhar um cérebro humano. Acho que isso pode ter alguma relação com o fato de a águia já ter sido o símbolo da alma humana.

Tem a face "Dona Mula Empacada" - Não é preciso dizer que é a minha melhor face. Só uma perguntinha: você já levou um coice de mula?

Quem me procura nunca sabe qual das três faces vai encontrar - aviso que eu também não sei. Só sei que não tem ninguém na casa da Dona Perfeitinha.

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